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SOBRE O PROJETO

HISTÓRICO DO PROJETO

Fenômenos como a urbanização extensiva, a expansão das fronteiras extrativistas e conflitos violentos levaram a transformações urbanas significativas, sendo a desterritorialização uma característica desse impacto. Isso é evidente nos estados brasileiros do Pará e Minas Gerais, onde o deslocamento e a migração rural-urbana associadas à mineração, agronegócio, extrativismo e desenvolvimento de infraestrutura remodelaram drasticamente territórios e identidades. Tais processos afetam particularmente os povos tradicionais, termo usado aqui para se referir aos povos indígenas, caboclos (pessoas de ascendência mista), quilombolas (descendentes de escravos afro-brasileiros) e ribeirinhos (comunidades fluviais). Os povos tradicionais, no entanto, não são de forma alguma vítimas passivas, mas desafiam o deslocamento e promovem suas próprias alternativas de desenvolvimento urbano sustentável.

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Foto de Edigar Freire

Foto de Edigar Freire

Foto de Edigar Freire

Foto de Edigar Freire

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Foto de Edgar Kanaykõ Xakriabá

PROPÓSITOS E OBJETIVOS 

Este projeto compara como os povos tradicionais do Pará e Minas Gerais formam, imaginam e gerenciam de forma colaborativa o espaço urbano. Ao fazê-lo, gera novos entendimentos sobre concepções inovadoras para intervenções urbanas sustentáveis. O projeto elabora três objetivos de relevância acadêmica e política:

  1. Examinar criticamente o potencial das práticas dos povos tradicionais para mudanças urbanas sustentáveis.

  2. Sintetizar tais práticas através do método de contra-cartografia (cartografia social), visibilizando e revalorizando o conhecimento indígena em torno das práticas espaciais, sociais, econômicas, políticas e culturais.

  3. Combinar insights do campo do Planejamento Urbano (Sheffield), Arquitetura e Urbanismo (UFPA), Geografia (UFMG), Economia (UFMG/UFPA) e Epistemologias Indígenas (FASE Amazônia) para possibilitar diálogos interdisciplinares sobre o co-desenho de intervenções urbanas sustentáveis (ou seja, em torno da habitação, infraestrutura e prestação de serviços e relações entre a natureza urbana) que tradicionalmente incorporam o conhecimento dos povos.

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